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DEPOIMENTOS

"A obra de Geraldo Bope é forte e instigante como toda obra do século XXI deveria ser. Com talento e originalidade, ele vai fundo na experimentação do trabalho de suas esculturas. O material utilizado, madeira, tronco, corda e estopa, ganha corpo e densidade criando uma linguagem própria que ele imprime retratando os anônimos excluídos. Da mesma forma, o informalismo, o inusitado, são as fontes principais da obra de Geraldo Bope. 

Com linhas geométricas, acrílico e muita expressividade, ele recria nas telas o que ronda seu imaginário: a realidade da fome transpondo fronteiras políticas, geográficas e sociais, levando o fruidor a uma reflexão sobre a universalidade da miséria. No conjunto de sua obra, percebe-se através de formas, linhas, espaços cheios e vazios a preocupação de mostrar imagens da moderna sociedade globalizada, não recuando o artista de utilizar meios pictóricos para um diálogo entre obra e fruidor através da emoção do olhar."

(Mali Villas-Bôas - Crítica de Arte e Historiadora - sobre a V Exposição "Busca"  em São Paulo, em Maio de 2004)

"Reunindo materiais diversos: estopa, corda, espuma de nylon, alumínio, arame, parafusos, madeira e outros, Geraldo Bope faz nascer figuras bizarras, muito expressivas, a quem denomina 'Excluídos.' De um expressionismo exuberante, as esculturas representam figuras gigantes, carregando dor e miséria, perdidas num clima desesperador. Deformadas pelo sofrimento, agressivas e ameaçadoras, parecem brotar diretamente do seio da terra ou de algum lodaçal em busca de liberdade e do reconhecimento. Impossível ficar indiferente a tamanha força expressional.

A elaboração perfeita da técnica mista produz o efeito visual desejado e reforça o aspecto incômodo e degradante de penúria, fome e abandono. Geraldo Bope trabalha com a estética do inconformismo, da denúncia e da indignidade que exclui o ser humano do mais elementar patamar de sobrevivência. Anuncia sem o menor pudor o drama de milhares de seres humanos, não só do nosso país, mas de diversos núcleos populacionais do planeta."

(Marisa Correia - Artista Plástica - sobre a IV Exposição Individual em Vitória da Conquista, em Maio de 2003)

"A linha é o elemento preferencial na obra do artista Geraldo Bope. Através da expressividade linear, o artista procura relacionar a dinâmica do ritmo das formas, no espaço bi ou tridimensional, sejam figurativas ou abstratas. É notável a persistência de Bope, a sua vocação para as artes plásticas. Toda a sua vida é direcionada à pesquisa e à produção, em busca da técnica e da forma que melhor expresse suas ideias e seus sentimentos."

(Nanci Novais - Professora e Artista Plástica - sobre a Exposição "Técnica Mista" na Galeria Cañizares, em Salvador, em 1990)

"Geraldo Bope tem participado de inúmeros acontecimentos artísticos, demonstrando uma forte tendência para as artes plásticas. O seu trabalho bem bem demonstra a sua vocação, o seu talento. As suas inúmeras experiências com técnicas as mais diferentes, a sua busca incessante de gêneros e temas de pintura, bem atestam a sua obstinada vontade de expressar-se esteticamente. A auto-expressão não nasce do nada, da magia da inspiração ou simplesmente da vontade. Nasce de uma força interior propulsora, do trabalho árduo, rotineiro. E isto é o que tem feito Geraldo Bope."

(Juarez Paraiso - Professor e Artista Plástico - sobre a Exposição "Em Transe" na Escola de Belas Artes, em Salvador, em 1990)

"Que os deuses da beleza, fiéis e íntimos, continuem morando em sua alma, residência maior, e que as gerações de hoje guardem com orgulho e possam repetir aos que vierem depois: nós conhecemos um grande macaubense! nós vimos um artista nascer!"

(Ático Frota Vilas-Boas da Mota - Professor e Historiador - sobre a I Exposição Individual, em Macaúbas, em Fevereiro de 1989)

 

 

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